Silêncio do governo brasileiro diante das eleições venezuelanas indica conivência com regimes autoritários, acusa senador Eduardo Girão

Em um pronunciamento contundente nesta terça-feira (6), o senador Eduardo Girão, do partido Novo pelo estado do Ceará, fez duras críticas à postura do governo brasileiro e do Partido dos Trabalhadores (PT) em relação às eleições na Venezuela. Girão condenou a reação do Brasil diante das denúncias de fraude no pleito e, de forma incisiva, apontou o silêncio do ex-presidente Lula como uma indicação de conivência com regimes autoritários.

Segundo Girão, o governo brasileiro foi rápido em lamentar a morte de um líder político do Hamas, mas demonstrou um silêncio total diante das situações críticas na Venezuela, como as mortes, as prisões por perseguição do regime de Nicolás Maduro e as denúncias de fraudes nas eleições. Para o senador, esse comportamento evidencia uma postura conivente do Brasil com regimes totalitários, o que representa um grave erro de política externa.

O parlamentar também criticou a posição do PT, que divulgou uma nota elogiando a democracia venezuelana e reconhecendo a vitória de Maduro, ignorando as diversas denúncias de fraude e violações dos direitos humanos no país vizinho. Além disso, Girão lamentou a abstenção do Brasil em votar a favor de uma resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA) que exigia transparência e divulgação das atas eleitorais na Venezuela.

Girão ressaltou a grave crise humanitária enfrentada pela população venezuelana, destacando que cerca de 7 milhões de pessoas já deixaram o país como refugiados devido à situação política e econômica precária. O senador mencionou o caso da deputada Maria Corina Machado, que foi cassada pelo Supremo Tribunal venezuelano e impedida de sair do país após ser convocada para uma audiência no Senado brasileiro.

Diante de todas essas questões, o senador Eduardo Girão faz um apelo para que o Brasil reveja sua postura em relação à Venezuela e adote uma posição mais firme em defesa da transparência, dos direitos humanos e da democracia na região. Para Girão, é fundamental que o país se posicione de forma clara e firme contra regimes autoritários e em favor da liberdade e da justiça.

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