Durante a busca pessoal, foi encontrado no celular do preso uma grande quantidade de arquivos, o que resultou em sua prisão pelo crime de armazenamento de material relacionado a abuso sexual infantil, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. O aparelho celular será periciado para confirmar se o homem também compartilhava esse material e o utilizava para aliciar crianças nas redes sociais.
O investigado possuía uma conta ativa em uma rede social com publicações de forte apelo infantil, que serviam como uma armadilha para atrair e ganhar a confiança de crianças. Como exemplo de sua atuação criminosa, o homem enviou arquivos de conteúdo relacionado a abuso sexual infantil para uma menina de 9 anos com o objetivo de aliciá-la.
Segundo o delegado da Polícia Federal, Giuliano Gucco, o fato do investigado possuir uma conta ativa em uma rede social com forte apelo junto ao público jovem serve como uma isca para potenciais vítimas, reforçando a importância da atenção dos pais em relação ao uso de redes sociais por seus filhos.
A operação Angelus, nome que significa “anjo do senhor”, tem como objetivo livrar crianças e adolescentes da prática da pornografia infantil. Com a aprovação da Lei nº 14.811 em janeiro de 2024, o crime de armazenamento de conteúdo de abuso sexual infantojuvenil passou a ser considerado crime hediondo e inafiançável, com pena que pode chegar a 13 anos de reclusão.
O preso foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça. A operação Angelus representa mais um esforço das autoridades em combater a exploração sexual de crianças e adolescentes, reforçando a importância da prevenção e punição desses crimes hediondos.