No documento divulgado, o movimento ressalta a importância de um acordo que priorize a reparação dos danos causados pelas mineradoras, em vez de favorecer interesses especulativos e imediatistas. O MAB destaca a necessidade de uma reparação completa às famílias afetadas, afirmado que o montante proposto pelas empresas não é suficiente para garantir esse objetivo.
De acordo com o MAB, o valor estimado para o acordo, em torno de R$100 bilhões, não atende às necessidades de reparação do desastre de Mariana, sendo considerado insuficiente diante da magnitude dos danos causados. O movimento ressalta que as negociações estão ocorrendo sem a participação efetiva dos atingidos, o que contraria os princípios de transparência e justiça.
Além disso, o MAB denuncia ações movidas pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) para impedir que municípios brasileiros ingressem com ações em tribunais estrangeiros. Essa tentativa de restringir o acesso à justiça é vista pelo movimento como uma violação dos direitos das comunidades atingidas.
Diante desse cenário, o MAB solicita uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reafirma o seu compromisso em lutar pelos direitos das vítimas dos desastres ambientais causados pelas mineradoras. Até o momento, a Vale não se manifestou sobre o posicionamento do movimento.
Dessa forma, a carta aberta divulgada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens evidencia a luta contínua das comunidades afetadas em busca de justiça e reparação plena pelos danos sofridos. A atuação firme e determinada do MAB reforça a importância do envolvimento das vítimas nas negociações e na definição de acordos que assegurem seus direitos e interesses.