Segundo informações divulgadas pelo MPSP, os criminosos se apropriavam de fotos das vítimas e se passavam por parentes para solicitar dinheiro, explorando a vulnerabilidade e o sofrimento das famílias enlutadas. A ação contou com a participação do CyberGaeco, divisão do Ministério Público responsável pela investigação de crimes virtuais, o que evidencia a gravidade do caso.
O acidente aéreo ocorreu na última sexta-feira, por volta das 13h30, e resultou na morte de 62 pessoas. A aeronave turboélice da marca francesa ATR da empresa Voepass caiu no município de Vinhedo, região próxima a Campinas, após decolar de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto de Guarulhos (SP).
Paralelamente às investigações sobre os perfis falsos, o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo está realizando o processo de identificação das vítimas. Até o momento, 27 corpos foram identificados e 12 liberados para as famílias, sendo que a identificação foi realizada predominantemente por meio das impressões digitais e análise da arcada dentária.
Diante da gravidade do acidente e das possíveis irregularidades envolvendo o mesmo, o MPSP designou três promotores de justiça de Vinhedo (SP) para acompanhar o inquérito policial instaurado pela Polícia Civil. O objetivo é garantir que a investigação seja realizada de maneira ampla e transparente, com a identificação de todas as pessoas e empresas envolvidas no caso.
O procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, afirmou que o MPSP irá colaborar com as investigações federais relacionadas ao acidente aéreo, ressaltando a importância de uma apuração rigorosa em busca da verdade e da responsabilização pelos acontecimentos.