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Previsão de inflação para 2024 aumenta, atingindo 4,2%, segundo boletim do Banco Central. Selic deve encerrar o ano em 10,5%.

Economia brasileira

A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve um leve aumento e passou de 4,12% para 4,2% este ano, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. Para os próximos anos, as estimativas também foram ajustadas, com a projeção de 3,97% para 2025, 3,6% para 2026 e 3,5% para 2027.

Esses números ficam acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3% para este ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A partir de 2025, será adotado o sistema de meta contínua, com o centro da meta fixado em 3%.

Em relação à inflação, a taxa em julho foi de 0,38%, impactada principalmente pelos preços da gasolina, passagens aéreas e energia elétrica. Em 12 meses, o IPCA acumula 4,5%, no limite superior da meta de inflação.

Para controlar a inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que está em 10,5% ao ano. A manutenção dessa taxa foi decidida em meio a um ambiente externo adverso e incertezas econômicas. Anteriormente, a Selic passou por um ciclo de reduções de agosto de 2023 a maio de 2024, após um período de elevações em 2021 e 2022.

A previsão do mercado é de que a Selic se mantenha em 10,5% ao ano até o final de 2024, com perspectiva de redução para 9,75% ao ano em 2025 e 9% ao ano em 2026 e 2027. O cenário de juros mais baixos pode estimular a atividade econômica mas também pode dificultar a expansão da economia.

Quanto ao crescimento econômico, a projeção das instituições financeiras para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 é de 2,2%, com expectativas de crescimento de 1,92% em 2025, e 2% em 2026 e 2027. Em 2023, a economia cresceu 2,9%, superando as expectativas.

Por fim, a previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,30 no final de 2024 e se mantém nesse patamar até o final de 2025. Esses dados refletem as projeções e a expectativa do mercado financeiro para a economia brasileira nos próximos anos.

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