Na última semana, os rodoviários, insatisfeitos com as propostas patronais, decidiram iniciar a greve a partir de segunda-feira. O sindicato que representa a categoria no Grande Recife destaca a discrepância entre as demandas dos trabalhadores e as propostas das empresas, indicando que os funcionários pedem 5% de aumento real além da reposição da perda inflacionária, enquanto as empresas oferecem apenas 0,5% de aumento e um aumento no vale-alimentação considerado irrisório.
Mesmo após diversas tentativas de negociação, nenhuma proposta satisfatória foi apresentada pelas companhias de ônibus, resultando na manutenção da greve. O Consórcio de Transportes do Grande Recife pediu à Justiça para garantir a circulação de uma frota mínima de ônibus durante o período da paralisação, com multas diárias em caso de descumprimento.
O Tribunal Regional do Trabalho ordenou que o Sindicato dos Rodoviários assegure a circulação de pelo menos 60% dos ônibus durante os horários de pico e 40% nos demais horários. Uma audiência de conciliação foi agendada para tentar resolver o impasse, com a participação ativa do governo de Pernambuco sendo considerada essencial pelos rodoviários.
Em meio a esse cenário, o Sindicato dos Rodoviários destaca a necessidade de maior mediação do governo estadual nas negociações, ressaltando os altos valores destinados aos empresários em subsídios públicos. A expectativa é de que as partes envolvidas cheguem a um acordo que beneficie tanto os trabalhadores quanto a população que depende do transporte público na região metropolitana do Recife.