A previsão anterior para o salário mínimo em 2025 era de R$ 1.502, mas mudanças em questões macroeconômicas, como a previsão de inflação, levaram o governo a revisar o valor para cima. Caso o aumento seja confirmado, o novo salário mínimo representará um acréscimo de 6,87% em relação ao valor atual. O pagamento do novo piso está previsto para começar em 1º de janeiro, com a remuneração entrando em vigor a partir de fevereiro do próximo ano.
O cálculo do salário mínimo segue uma nova regra de valorização, que considera o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos dois anos anteriores e a inflação acumulada nos 12 meses até novembro. O índice utilizado para correção do salário mínimo é o INPC, com estimativa de alcançar 3,65% de aumento neste ano. Para 2026, a previsão é de um piso de R$ 1.595, seguido de R$ 1.687 em 2027 e R$ 1.783 em 2028.
O impacto do aumento do salário mínimo nos gastos públicos é significativo, uma vez que cada R$ 1 de aumento representa mais de R$ 350 milhões em despesas. Com a pressão para reduzir gastos, o governo tem discutido a possibilidade de desvincular alguns benefícios que são corrigidos de acordo com o salário mínimo, como o BPC, abono salarial, seguro-desemprego e auxílio doença. A proposta, no entanto, ainda está em fase de discussão interna. Em entrevista ao GLOBO em junho, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, abordou a questão e ressaltou a importância da medida para o controle das despesas públicas.