Ministério da Saúde investiga oito casos de transmissão vertical da febre do Oropouche, com metade dos bebês nascendo com anomalias congênitas.

O Ministério da Saúde está investigando oito casos de transmissão vertical da febre do Oropouche, em que a infecção é passada da mãe para o bebê durante a gestação ou parto. Esses casos estão sendo estudados em Pernambuco, Bahia e Acre, com metade dos bebês nascendo com anomalias congênitas, como microcefalia, e a outra metade não resistindo.

No Ceará, a Secretaria de Saúde está investigando um óbito fetal que pode estar ligado à febre do Oropouche. A gestante, residente em Baturité, foi atendida em Capistrano e o caso está sendo acompanhado de perto pelas autoridades de saúde. A importância de um plano de ação para lidar com doenças infecciosas transmitidas por animais, incluindo mosquitos, foi enfatizada pela secretária de Saúde, Tânia Coelho.

Já no Acre, um bebê nasceu com anomalias congênitas relacionadas à transmissão vertical da febre do Oropouche e faleceu aos 47 dias de vida. A mãe do bebê apresentou sintomas da doença durante a gestação, e exames confirmaram o vírus Oropouche nos tecidos do recém-nascido.

A febre do Oropouche é transmitida pelo Culicoides paraensis, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. A recomendação é manter os quintais limpos e protegidos, com uso de roupas compridas e sapatos fechados em locais com muitos insetos.

Os dados mais recentes do ministério apontam 7.497 casos de febre do Oropouche em 23 estados até 6 de agosto, com a maior incidência no Amazonas e Rondônia. Duas mortes na Bahia foram confirmadas e um óbito em Santa Catarina está em fase de investigação.

A correlação entre a transmissão vertical da febre do Oropouche e as anomalias congênitas ainda demanda investigação aprofundada por parte das autoridades de saúde, a fim de compreender melhor a doença e buscar formas de prevenção e tratamento mais eficazes.

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