De acordo com o senador, as assinaturas dos parlamentares serão coletadas até o dia 7 de setembro. Girão argumentou que Alexandre de Moraes estaria violando diversos artigos da Lei 1.079, de 1950, que trata do processo de impeachment, além de desrespeitar a Lei 13.869, de 2019, que trata de crimes de abuso de autoridade, e o Código Penal.
Um dos casos citados por Girão como exemplo da suposta atuação indevida de Alexandre de Moraes foi o de Cleriston Pereira da Cunha, que faleceu dentro da penitenciária da Papuda após um infarto fulminante. O senador afirmou que o ministro ignorou o estado de saúde do detento, que apresentava várias comorbidades, ao não permitir que ele respondesse ao processo em liberdade.
Além disso, o senador também mencionou outros casos envolvendo figuras conhecidas, como Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, e Filipe Martins, ex-assessor especial para assuntos internacionais do governo de Jair Bolsonaro, que foram presos preventivamente por longos períodos.
Girão enfatizou que a omissão do Congresso em relação às supostas arbitrariedades cometidas por Alexandre de Moraes está sendo percebida internacionalmente, com parlamentares estrangeiros e organizações internacionais denunciando a situação no Brasil. Ele concluiu afirmando que o pedido de impeachment é uma medida triste, porém necessária, diante do que considera ser um cenário de abuso de poder.
Diante dessas acusações e denúncias, o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes promete gerar debates acalorados e polêmicos nos próximos dias, colocando em evidência a relação entre os poderes no Brasil e a atuação do STF. Vale aguardar os desdobramentos desse movimento por parte dos parlamentares.