O assunto foi tema de discussão no primeiro Diálogo G20 – Transições Energéticas, realizado no Rio de Janeiro. A coordenadora do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 e assessora especial do Ministério de Minas e Energia, Mariana Espécie, destacou que o investimento necessário ainda está distante do atual cenário. Em 2022, o total de investimentos na transição energética foi de US$ 1,8 trilhão, o equivalente a R$ 9,8 trilhões.
Para ampliar o investimento global nessa transição, está sendo planejado um mapeamento que irá identificar as trajetórias, oportunidades e opções necessárias para viabilizar os investimentos em todo o mundo. Segundo Mariana Espécie, cada país terá suas peculiaridades, podendo contar com empréstimos concessionais, doações ou investimentos do setor privado.
A apresentação dos resultados desse estudo está prevista para a Reunião Ministerial de Transições Energéticas do G20, que ocorrerá em Foz do Iguaçu entre os dias 1 e 3 de outubro. Mariana Espécie ressaltou que os países estão em estágios diferenciados de transição energética, sendo o Brasil destacado como um dos mais bem posicionados no grupo, devido à alta participação de renováveis em sua matriz energética.
Nesse contexto, a importância da diversidade de opções para a transição energética foi enfatizada, tendo em vista a necessidade de soluções variadas para alcançar a meta de zerar a emissão de carbono até 2050. A COP 28, agendada para 2023, definiu essa meta como parte dos esforços para combater as alterações climáticas causadas pelos gases de efeito estufa.
O Diálogo G20 – Transições Energéticas engloba uma série de seminários regionais com o intuito de envolver a sociedade brasileira nas discussões sobre o tema. O evento é preparatório para a Reunião Ministerial de Transições Energéticas do G20 e conta com a participação de países que representam a maioria do PIB global, do comércio mundial e das emissões de gases de efeito estufa.
