Inflação desacelera para famílias de renda baixa, mas volta a subir em outras classes, aponta Indicador Ipea de Inflação

A inflação apresentou desaceleração para as famílias de renda baixa e muito baixa em julho, porém registrou aumento nas demais classes em comparação a junho. Segundo o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta quarta-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no Rio de Janeiro, as famílias de renda alta tiveram uma taxa de inflação de 0,80% no mês passado, em comparação com 0,04% em junho. Enquanto as famílias de renda muito baixa e baixa tiveram taxas de 0,09% e 0,18%, respectivamente, em julho, em queda em relação aos 0,29% de junho.

O grupo de alimentos e bebidas foi o principal ponto de descompressão inflacionária para todas as faixas de renda, devido à queda de preços em 10 dos 16 segmentos que compõem esse conjunto de produtos. A deflação em itens como cereais, tubérculos, frutas, aves e ovos e leites e derivados proporcionou um alívio inflacionário, especialmente para as famílias de menor poder aquisitivo.

Por outro lado, reajustes no preço da energia elétrica e do gás de botijão contribuíram para a inflação em julho. As famílias de renda alta foram mais impactadas pelos aumentos nos combustíveis, no seguro veicular e nas passagens aéreas, causando um forte impacto no grupo de transportes para essa classe.

Os dados mostram um avanço da inflação em todas as faixas de renda em comparação com julho de 2023, com uma intensificação maior entre as famílias de renda muito baixa. Apesar da melhora no desempenho dos alimentos em domicílio, a inflação segue influenciada pela habitação e pelos artigos de residência, além de uma menor deflação no grupo de vestuário.

Com os dados de julho de 2024, a inflação acumulada em 12 meses apresentou uma aceleração em todas as classes de renda. As famílias de renda baixa registraram a menor taxa de inflação, enquanto as de renda alta tiveram a maior taxa no período considerado.

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