Tedros destacou que a situação da mpox na República Democrática do Congo preocupa as autoridades de saúde, uma vez que os números de casos e mortes têm aumentado significativamente. No ano passado, a rápida propagação da variante 1b na região chamou a atenção, com casos se espalhando principalmente por vias sexuais e sendo detectados em países vizinhos.
A prorrogação das recomendações da OMS vem em um momento em que novos casos da doença estão sendo registrados em países que nunca haviam tido infecções por mpox, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. A variante mais perigosa identificada na região, a 1b, apresenta uma taxa de letalidade superior a 10% entre crianças pequenas, o que preocupa as autoridades de saúde.
Além disso, a OMS publicou um documento oficial esta semana solicitando aos fabricantes de vacinas contra a mpox que submetam pedidos de análise para uso emergencial das doses. O objetivo é agilizar a disponibilidade de insumos necessários em situações de emergência em saúde pública, permitindo o acesso mais rápido das vacinas aos países afetados.
A mpox é uma doença viral zoonótica, transmitida pelo contato com animais infectados, pessoas doentes e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dores no corpo, calafrios e fraqueza. A concentração de casos na região africana levou o CDC África a declarar emergência em saúde pública, destacando a importância da ação coletiva para conter a propagação da doença.
A decisão da OMS de prorrogar as recomendações e agilizar a disponibilidade das vacinas reflete a gravidade da situação da mpox na África e a necessidade de uma resposta coordenada e eficaz para proteger a população da região.