Plenário do Senado aprova Projeto de Renegociação da Dívida dos Estados com a União, incluindo redução de juros e transferência de ativos

O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (14), o projeto da renegociação da dívida dos estados com a União, intitulado PLP 121/2024. A iniciativa, proposta pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, engloba o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), com o objetivo de promover a redução do indexador de juros das dívidas, que impacta diretamente estados como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, mediante a transferência de ativos para a União.

Uma das medidas estabelecidas no projeto é que, pelo menos metade do abatimento dos juros obtidos será destinado aos estados para investimentos em áreas prioritárias, tais como educação, saneamento e segurança pública. Além disso, parte dos recursos será direcionada para o Fundo de Equalização, que terá sua distribuição entre todos os entes federativos. O relator da proposta, Davi Alcolumbre, do Amapá, incluiu um período de carência de 36 meses para início do pagamento, com um mínimo de 20% a ser quitado no primeiro ano.

O PLP 121/2024 também estipula que os governos estaduais que aderirem ao Propag terão um prazo de um ano para realizar cortes de despesas, visando a adequação aos termos do programa. Caso haja atraso no pagamento de três parcelas consecutivas, os estados serão desligados do Propag e voltarão a quitar suas dívidas sob os juros do Regime da Recuperação Fiscal.

Essa aprovação no Senado representa um avanço para a situação financeira de diversos estados brasileiros, possibilitando a renegociação das dívidas de forma mais favorável e com medidas que visam estimular o desenvolvimento por meio de investimentos em setores estratégicos. A expectativa é de que o programa traga benefícios significativos para as unidades federativas participantes e contribua para a estabilidade econômica no país.

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