Polícia Científica alerta para os perigos do chumbinho: substância ilegal causa morte rápida em humanos e animais. Comércio clandestino em Alagoas cresce.

No dia 14 de agosto de 2024, a Polícia Científica de Alagoas emitiu um alerta sobre os perigos da compra e venda irregular de chumbinho, uma substância capaz de paralisar o sistema nervoso e causar a morte rápida de animais e seres humanos quando utilizada de forma inadequada.

O Laboratório Forense do Instituto de Criminalística de Maceió analisou frascos de agrotóxico apreendidos e confirmou o uso criminoso do agrotóxico terbufós na forma granulada. Mesmo com a comercialização proibida para uso doméstico no Brasil, o chumbinho, popularmente conhecido como tal, pode ser facilmente encontrado em diversas lojas e feiras em Alagoas.

Um dos casos que chamou atenção foi a morte de uma criança de 4 anos, Anthony Levy, provocada pelo próprio pai com uma dose de chumbinho misturado ao alimento da criança. Os exames realizados pelo laboratório concluíram que Anthony foi envenenado com terbufós e reforçaram a gravidade do uso indevido dessa substância.

O perito criminal Ken Ichi Namba alertou para os riscos do contato com o agrotóxico, explicando que a substância age paralisando o sistema nervoso e pode levar à morte de forma rápida. Ele ainda ressaltou que, por ser extremamente tóxico, o chumbinho é utilizado ilegalmente como raticida, apesar de não ser eficaz para esse fim.

Além disso, a Polícia Científica revelou que o chumbinho vendido ilegalmente em Alagoas é desviado de pesticidas destinados às lavouras de cana-de-açúcar. O produto clandestino não possui rótulo com orientações de segurança, informações médicas ou antídotos em caso de envenenamento, o que agrava a situação e contribui para diversos casos de envenenamento acidental ou intencional.

Diante desse cenário preocupante, é fundamental que a população esteja ciente dos perigos do chumbinho e denuncie qualquer comércio ilegal desse agrotóxico, visando proteger a saúde e a vida de humanos e animais. O alerta da Polícia Científica serve como um lembrete da importância de combater a venda irregular de substâncias tão nocivas à sociedade.

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