O acordo foi mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região e resultou no compromisso dos trabalhadores de retornarem ao trabalho integralmente a partir da 0 hora do dia seguinte (14). O reajuste salarial acordado foi de 4,2%, percentual que incidirá sobre todos os valores financeiros, exceto o abono salarial e o vale-alimentação, que passará de R$ 366 para R$ 400 mensais.
Antes da greve, os rodoviários solicitavam um aumento de 5% acima do índice inflacionário de 3,7%, enquanto as empresas propunham um reajuste de 4,2%, o que representaria um aumento real de 0,5% levando em consideração a perda do poder aquisitivo dos trabalhadores devido à inflação no último ano.
Além do reajuste salarial, o piso dos motoristas da Grande Recife foi estabelecido em R$ 3.189,80 e os motoristas que também fazem a cobrança de passagens devido à falta de cobradores receberão um abono de R$ 180,00 mensais. As obrigações das empresas terão validade retroativa a 1º de julho e se estenderão até 5 de setembro.
Também ficou acordado que as partes continuarão as negociações em relação ao custeio do plano de saúde dos trabalhadores, com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) quando julgar oportuno. O controle da jornada diária dos motoristas e cobradores será feito com base no sistema de GPS adotado pelas empresas.
Por fim, os rodoviários se comprometeram a compensar os dois dias parados trabalhando até no máximo uma hora além da jornada diária até o dia 30 de novembro. Assim, a normalidade do transporte público na região metropolitana de Recife foi restabelecida após o acordo firmado entre trabalhadores e empresas de transporte.
