Cada uma das plenárias presenciais tem foco em um bioma diferente. A plenária em São Paulo foi a quinta reunião, com encontros anteriores abordando temas como o Sistema Costeiro-Marinho em Recife, a Caatinga em Teresina, e o Pantanal em Campo Grande. Os próximos encontros vão discutir sobre o Pampa em Porto Alegre, a Amazônia em um local a definir, e o Cerrado em Imperatriz.
O Plano Clima está sendo elaborado pelo Comitê Interministerial sobre Mudanças do Clima em parceria com representantes de 22 ministérios, a Rede Clima e o Fórum Brasileiro de Mudanças do Clima. O plano tem como foco principal a redução das emissões de gases de efeito estufa e a adaptação de cidades e ambientes naturais às mudanças climáticas.
Durante o painel em São Paulo, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a importância da participação da sociedade na construção dessas políticas. Ela ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende que o plano seja feito não apenas para as pessoas, mas com as pessoas.
Diversas propostas foram apresentadas durante a plenária, incluindo a taxação de bilionários para financiar projetos relacionados às mudanças climáticas, a transformação dos sistemas alimentares, e o fortalecimento da agricultura familiar. Protestos também ocorreram, destacando questões como a demarcação de territórios indígenas e a preservação ambiental.
Além das plenárias presenciais, a população pode participar por meio da plataforma Brasil Participativo, onde é possível apresentar propostas e votar em temas que serão incluídos no plano. A sociedade civil terá até o dia 26 de agosto para contribuir com suas sugestões para a construção do Plano Clima, que será apresentado nas conferências internacionais sobre mudanças climáticas. A expectativa é que o Brasil possa liderar as discussões e ações em relação ao clima, visando uma mitigação efetiva das mudanças climáticas e a preservação dos biomas naturais.