Fechamento de acordos salariais no serviço público pode impactar reajustes em 2025, alerta Ministra Esther Dweck

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, fez uma declaração impactante nesta quinta-feira (15) que pode afetar diretamente as categorias do serviço público que não fecharem as negociações salariais até sexta-feira (16). Segundo ela, essas categorias podem não ter reajustes salariais em 2025, pois não serão incluídas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa).

Em uma entrevista a radialistas de diversas regiões do país, no programa de rádio “Bom dia, Ministra”, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Esther Dweck enfatizou a importância de fechar os acordos até o prazo estipulado. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) estabeleceu essa linha de corte visando incluir os valores acordados no orçamento de 2025, que deve ser entregue ao Congresso Nacional até 31 de agosto.

Até o momento, o governo federal já fechou 32 acordos com representantes de diversas carreiras dos servidores públicos federais, o que representa cerca de 90% da força de trabalho do serviço público federal. Porém, ainda há categorias em impasse, como os médicos peritos do INSS e os servidores civis de tecnologia militar do Ministério da Defesa.

A ministra reconheceu que os percentuais de aumentos salariais não são baixos, mas não cobrem as perdas salariais acumuladas durante o período anterior ao atual governo. Ela enfatizou que, embora os reajustes sejam consideráveis, não há nenhuma garantia de que a iniciativa privada esteja oferecendo aumentos salariais semelhantes no momento.

O impasse com algumas categorias de servidores públicos se deve, em parte, à busca por equiparação salarial com outras carreiras e à complexidade de negociar com uma quantidade significativa de servidores ativos e inativos. A ministra destacou a importância das negociações não só do ponto de vista fiscal, mas também em termos de justiça e equidade no serviço público.

Ainda aguardamos o posicionamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) sobre esse cenário. A decisão de Esther Dweck ressalta a importância da conclusão das negociações e a necessidade de efetuar os acordos dentro do prazo estipulado para garantir os reajustes salariais aos servidores públicos no próximo ano.

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