O caso em questão envolve a determinação de Moraes para que a rede social bloqueasse o perfil do senador Marcos do Val (PL-ES) e de outros investigados, uma ordem que, de acordo com o gabinete do ministro, não foi cumprida.
Na última terça-feira (13), o senador foi alvo de medidas cautelares determinadas por Moraes no contexto das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Além do bloqueio das redes sociais, o parlamentar teve suas contas bancárias bloqueadas até o valor de R$ 50 milhões. O próprio senador divulgou a medida em suas redes sociais.
O ministro alertou em sua decisão que o descumprimento da determinação pode configurar crime de desobediência por parte do representante legal da rede X no Brasil.
Após a ordem de bloqueio, Marcos do Val afirmou que as medidas tomadas contra ele são uma clara perseguição política. O senador argumentou que não há base legal ou lógica que justifique tais ações e enfatizou que se tratam de tentativas de silenciar um parlamentar em pleno exercício de suas funções.
Em meio a essa controvérsia, o bilionário Elon Musk, dono da rede social X, criticou as decisões judiciais que determinaram o bloqueio de contas de apoiadores e pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando tais medidas como censura.
Diante desse cenário de tensão entre o Supremo Tribunal Federal, a rede social X e políticos brasileiros, a atuação do ministro Alexandre de Moraes ganha destaque e gera debates sobre liberdade de expressão, poder judiciário e responsabilidade das plataformas digitais. O desdobramento deste caso certamente terá repercussões significativas no cenário político e jurídico do país.