Um dos principais pontos de discordância no projeto é a questão da distância entre os clubes de tiro e as escolas, que o líder do governo considera “permissiva demais”. Diante dessa controvérsia, foi sugerido o adiamento da votação para possibilitar uma discussão mais ampla e aprofundada sobre o assunto.
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) concordou com a proposta de adiamento feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e sugeriu que o projeto seja pautado na próxima semana, em sessões semipresenciais, devido à proximidade das eleições municipais. Já o senador Beto Faro (PT-PA) propôs que a apreciação do texto fosse adiada para a primeira semana de setembro, a fim de permitir uma maior análise dos destaques apresentados ao projeto.
Outro senador que se pronunciou sobre o adiamento foi Marcos Rogério (PL-RO), que concordou com a retirada de pauta, mas alertou que os argumentos utilizados pelos governistas poderiam ser empregados também pela oposição em situações futuras.
O Projeto de Decreto Legislativo, que recebeu parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), visa anular partes do polêmico decreto de armas assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023. Entre as alterações propostas estão a flexibilização da distância entre clubes de tiro e escolas, a não exigência de certificado de registro para armas de pressão e a não obrigatoriedade de treinamentos específicos para prática esportiva com armas de fogo.