O empresário criticou veementemente a prática desses empréstimos, comparando-os a uma “pesca em aquário”, onde os trabalhadores acabam sendo explorados sem muitas alternativas de escape. Ele ressaltou que, no passado, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) era uma garantia para os trabalhadores, permitindo que utilizassem esses recursos após a aposentadoria ou demissão para iniciar novos empreendimentos ou enfrentar períodos de desemprego.
No entanto, Tenório alertou para a recente prática de liberação de parte dos recursos do FGTS no aniversário do trabalhador, possibilitando o saque de uma porcentagem do saldo. Além disso, ele denunciou que bancos e instituições financeiras estão adquirindo o saldo do FGTS dos trabalhadores, o que, em sua visão, coloca em risco a estabilidade financeira de muitos brasileiros.
O empresário compartilhou um exemplo de um funcionário de uma de suas empresas que já vendeu seu saldo de R$82 mil até 2033. Para Tenório, essa prática é um mecanismo perigoso que retira dos trabalhadores a proteção que o FGTS costumava oferecer, deixando muitos desamparados quando mais precisam.
“Era para ser uma segurança, uma proteção para o trabalhador, mas agora muitos estão saindo das empresas sem nada a receber além da multa rescisória,” concluiu Tenório, lamentando a situação atual. A preocupação do empresário reflete um cenário preocupante e reforça a necessidade de medidas para proteger os trabalhadores brasileiros do endividamento excessivo e da perda de segurança financeira.