Comissão aprova proposta de residência inclusiva para pessoas com deficiência em entidades privadas sem fins lucrativos.

Na última reunião da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, foi aprovada uma proposta que tem o intuito de autorizar entidades privadas sem fins lucrativos a firmarem contratos de prestação de serviço de residência inclusiva com pessoas com deficiência. Esse projeto, que contou com o substitutivo da relatora Dayany Bittencourt, permite que essas entidades possam cobrar uma participação para custear suas atividades.

De acordo com a proposta aprovada, o valor dessa contribuição será definido pelos conselhos municipais dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou da Assistência Social, sendo limitado a 70% do benefício previdenciário ou de assistência social recebido pela pessoa com deficiência. As residências inclusivas são espaços adaptados com estrutura física adequada que proporcionam acolhimento institucional a jovens e adultos com deficiência que não possuem condições de se sustentar.

Essas residências têm como objetivo fortalecer a convivência familiar e comunitária, incentivando a autonomia e o desenvolvimento das atividades do dia a dia. Geralmente mantidas pela administração pública, essas unidades contam com equipes especializadas e metodologias adequadas para prestar um atendimento de qualidade. Segundo dados do último Censo do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), em 2022 existiam 266 residências inclusivas no Brasil.

A deputada Dayany Bittencourt, relatora do projeto, manteve a essência da proposta original, mas propôs um substitutivo que prevê a possibilidade de dispensa na participação do custeio para pessoas com deficiência autônomas, após uma avaliação conduzida por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar. Segundo a relatora, a colaboração entre o Estado e essas entidades é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar da população que necessita de cuidados específicos.

A proposta agora seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo, e posteriormente para o Senado. A medida visa melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência e promover a inclusão social.

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