OMS registra mais de 1.500 ataques a instalações de saúde em 2023, com saldo de 750 mortos e 1.250 feridos em conflitos no mundo.

Segundo registros da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao longo de 2023 foram contabilizados pelo menos 1.520 ataques a instalações de saúde em diversos conflitos ao redor do mundo. O saldo trágico desses ataques foi de cerca de 750 pacientes e profissionais de saúde mortos e mais de 1.250 feridos. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação com essa realidade e ressaltou a importância de impedir que tais atos se tornem comuns e aceitáveis.

A OMS enfatizou que os ataques a instalações de saúde em áreas afetadas por conflitos privam as pessoas de cuidados essenciais, colocam em risco os prestadores de serviços e prejudicam gravemente os sistemas de saúde. É fundamental, de acordo com a entidade, garantir que os profissionais de saúde em todo o mundo possam exercer suas atividades em ambientes seguros e protegidos, sem o temor de serem vítimas de violência.

A definição de ataques aos cuidados em saúde pela OMS abrange desde violência física e verbal até ameaças que interferem no acesso aos serviços de saúde e na prestação de cuidados preventivos e curativos em situações de emergência. A organização ressalta que esses ataques podem variar desde o uso de armamentos pesados até intimidações e ameaças psicológicas.

Na Faixa de Gaza, a OMS planeja realizar duas campanhas de vacinação contra a poliomielite no final de agosto e início de setembro, com o objetivo de conter a propagação do vírus. A entidade fez um apelo por uma trégua humanitária na região para viabilizar a realização dessas campanhas.

A expectativa é vacinar mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos em cada rodada da campanha, utilizando a vacina oral contra a poliomielite. Ações humanitárias são essenciais para garantir o acesso das crianças e famílias às unidades de saúde e permitir que agentes comunitários alcancem aqueles que não têm acesso aos serviços de imunização.

É fundamental que haja cooperação de todas as partes envolvidas em conflitos para assegurar o respeito aos direitos fundamentais de saúde e proteção da população. Medidas preventivas e ações humanitárias são essenciais para evitar mais tragédias e garantir o acesso universal aos cuidados de saúde adequados em contextos de conflito.

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