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Votação do projeto que anula partes do decreto sobre armas de Lula é adiada e reagendada para terça-feira no Senado.

A votação do projeto de decreto legislativo que pretende anular partes do decreto sobre armas assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023 foi adiada pelo Senado. Os senadores aprovaram urgência para a proposta, que agora terá sua votação reagendada para a terça-feira (27).

O PDL 206/2024, de autoria da Câmara dos Deputados, conta com o voto favorável do relator, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Uma das mudanças propostas pelo PDL é a revogação da vedação para que clubes de tiro desportivo fiquem a menos de um quilômetro de distância em relação a instituições de ensino. O relator argumenta que essa medida invade a competência municipal e prejudica a segurança jurídica das entidades já estabelecidas.

Além disso, o projeto também propõe a retirada de outras exigências do decreto original, como a limitação para a prática de tiro desportivo e a proibição de destinar armas de fogo restritas para atividades diferentes daquelas declaradas na compra. Segundo Vanderlan, essa proibição impede a transferência de armas entre acervos e o colecionismo de armas.

Outra mudança significativa proposta pelo projeto é em relação às armas de gás comprimido ou por ação de mola. O PDL pretende retirar a obrigatoriedade de certificado de registro para atirador desportivo que utilize esse tipo de arma, desde que o calibre não ultrapasse seis milímetros.

O PDL também visa desburocratizar o registro de armas de fogo históricas e as que fazem parte de acervos de coleção, transferindo essa responsabilidade para a Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército. O projeto, de autoria do deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO) e outros deputados, propõe ainda a exclusão de definições presentes no decreto presidencial, como arma de fogo histórica, arma de fogo de acervo de coleção e atirador desportivo.

Com essas mudanças propostas, o debate sobre o decreto sobre armas assinado por Lula da Silva em 2023 promete esquentar nos próximos dias no Senado. O relator do projeto, senador Vanderlan Cardoso, argumenta que as alterações propostas buscam resguardar a legalidade, bem como garantir a segurança jurídica das entidades e pessoas envolvidas com armas de fogo no país. A sociedade e os órgãos competentes aguardam ansiosos pela decisão que será tomada na próxima terça-feira.

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