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CAE debate críticas e sugestões sobre sistema de cobrança imediata de tributos na reforma tributária durante audiência pública.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal promoveu nesta quarta-feira (21) uma audiência pública para discutir a proposta de regulamentação da reforma tributária, representada pelo PLP 68/2024. Os debates giraram em torno do sistema de cobrança imediata de tributos previsto na reforma e contaram com a participação de diversos especialistas e representantes do setor.

A audiência foi coordenada pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), responsável pelo grupo de trabalho que analisa a regulamentação da reforma tributária. Segundo o plano de atividades aprovado no início de agosto, estão previstas 11 audiências públicas que culminarão na apresentação do relatório final em 22 de outubro. Até o momento, o PLP já recebeu mais de mil emendas por parte dos senadores.

A reforma tributária, promulgada em dezembro de 2023 como Emenda Constitucional 132, propõe unificar cinco tributos – ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins – em dois níveis de cobrança, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para a União e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) para estados, Distrito Federal e municípios, a partir de 2033.

Durante a audiência, diversas questões foram levantadas pelos debatedores, com destaque para o mecanismo de pagamento conhecido como “split payment”, criticado por sua eficácia. Além disso, foram abordadas questões específicas sobre a tributação no setor da energia elétrica, dos cartões de crédito e do comércio em geral.

Representantes de diferentes entidades, como a Associação Nacional de Pesquisa da Economia Energética, a Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo expuseram suas opiniões e sugestões para a regulamentação da reforma tributária, enfatizando a importância de medidas que garantam segurança jurídica e equilíbrio para todos os setores envolvidos.

A audiência contou com a presença de autoridades e especialistas, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o presidente da organização Zetta, o professor da PUC-SP e a procuradora representante da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape). O debate evidenciou a complexidade e a importância de se encontrar soluções equilibradas e eficientes para a reforma tributária, levando em consideração as diferentes realidades e desafios de cada setor da economia.

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