A escolha de Jack Rocha como relatora se deu após quatro parlamentares desistirem de relatar o caso, gerando certa controvérsia. Na reunião do Conselho de Ética, um pedido de vista pode adiar a votação do parecer, prolongando ainda mais a decisão sobre o mandato de Chiquinho Brazão. A acusação da Procuradoria-Geral da República envolve o deputado e seu irmão Domingos Brazão, apontando-os como integrantes de uma milícia no Rio de Janeiro.
Os irmãos Brazão negam veementemente qualquer envolvimento no crime, alegando serem vítimas de acusações infundadas. Chiquinho Brazão, em uma videoconferência realizada no Conselho de Ética, afirmou que é inocente e que está sendo alvo de uma conspiração para obter benefícios judiciais. O ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso dos assassinatos, apontou os irmãos Brazão em sua delação premiada.
Caso o Conselho de Ética decida pela cassação do mandato de Chiquinho Brazão, a decisão ainda precisará ser aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados. Além disso, o parlamentar encontra-se preso desde março por obstrução de Justiça, o que complicou ainda mais a sua situação. Em abril de 2024, a Câmara dos Deputados votou pela manutenção da prisão do parlamentar, destacando a gravidade das acusações que pesam sobre ele. A reunião do Conselho de Ética será decisiva para o futuro político de Chiquinho Brazão e para a justiça no caso do assassinato de Marielle Franco.
