Estudantes da Uerj ocupam Pavilhão João Lyra Filho em protesto contra mudanças nas regras de concessão de bolsas e auxílios.

Estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) retomaram a ocupação do Pavilhão João Lyra Filho, localizado no campus Maracanã, em meio a protestos contra mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil. Mais de mil estudantes foram excluídos de benefícios devido às novas normas, o que gerou grande insatisfação e mobilização por parte dos alunos.

As atividades acadêmicas e administrativas no Pavilhão foram suspensas no dia 21 de agosto, em decorrência da ocupação. Os estudantes já haviam ocupado o edifício anteriormente, no dia 20 de agosto, e o conflito chegou a envolver seguranças e servidores da universidade. Apesar do recuo temporário do grupo, a ocupação foi retomada posteriormente.

A reitoria da UERJ se posicionou contra a ocupação, considerando-a inaceitável. Segundo a instituição, a atitude dos manifestantes já havia envolvido violência, chegando ao ponto de suspender uma sessão do Conselho Universitário. A universidade ressaltou a importância de preservar o direito de ir e vir dos participantes e repudiou a postura adotada pelos estudantes.

Em resposta, os manifestantes negaram qualquer ato violento por parte deles e alegaram que respeitaram as falas dos presentes durante a sessão do Conselho Universitário. Os estudantes reforçaram que estão abertos à negociação e destacaram a falta de diálogo por parte da reitoria, mencionando que a última reunião ocorreu em 6 de agosto.

O movimento dos estudantes, que já dura três semanas, tem como principal demanda a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (AEDA) 038/2024, que limita o pagamento de auxílio alimentação a determinados cursos e estabelece critérios específicos para o recebimento de bolsas e auxílios sociais. As novas regras, de acordo com a UERJ, resultaram na exclusão de 1,2 mil estudantes.

Os alunos argumentam que a reitoria deve empenhar-se na busca por recursos e priorizar a assistência estudantil, em vez de tomar medidas que prejudicam a comunidade acadêmica. O movimento ressalta a importância de um diálogo construtivo e pacífico para a resolução das questões em pauta.

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