Comissão de Administração da Câmara aprova projeto que redefine destinação da Taxa de Serviços Metrológicos, beneficiando institutos estaduais

A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que promete trazer mudanças significativas na destinação dos recursos da Taxa de Serviços Metrológicos, cobrada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A proposta, que recebeu o aval de Luiz Gastão, prevê que 70% da arrecadação dessa taxa sejam distribuídos mensalmente aos estados e ao Distrito Federal, com base na proporção das fiscalizações efetuadas, visando a aplicação desses recursos em atividades ou projetos relacionados à metrologia. Os outros 30% ficariam sob a responsabilidade da União, que anteriormente era a única destinatária dos valores arrecadados.

Caso o projeto se transforme em lei, o governo federal terá a tarefa de regulamentar o repasse desses recursos, com a obrigação de implementar as mudanças no prazo máximo de três anos, a partir da data de publicação. A Taxa de Serviços Metrológicos foi estabelecida pela Lei 9.933/99, que define as competências do Inmetro e é cobrada sempre que o instituto realiza a verificação de um instrumento de medição.

A iniciativa aprovada também tem o potencial de fortalecer os institutos estaduais de pesos e medidas, que seguem as diretrizes do Inmetro. De acordo com o relator do Projeto de Lei 5389/19, deputado Luiz Gastão, muitos desses órgãos estaduais têm carências de recursos materiais e humanos para atender à demanda adequada.

No entanto, vale destacar que a proposta aprovada na comissão é um substitutivo apresentado pelo próprio relator, que excluiu partes do projeto original que atribuíam ao Inmetro competências exclusivamente regulatórias. Gastão transferiu as atividades de fiscalização para os estados e o Distrito Federal, levantando preocupações sobre a capacidade de atuação do Inmetro, que desempenha um papel crucial na elaboração de regulamentos de segurança de produtos em diversas áreas.

O próximo passo para o projeto é a análise nas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), onde será apreciado em caráter conclusivo. Para se tornar lei, a proposta precisa ser aprovada tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. Agora, resta aguardar os desdobramentos desse projeto que promete mudanças significativas no cenário da metrologia no Brasil.

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