Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão, todos autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além de Tocantins, os mandados foram realizados em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal, com medidas como afastamento de cargos públicos, sequestro e indisponibilidade de bens, direitos e valores dos envolvidos.
Embora os alvos das investigações não tenham sido revelados oficialmente, imagens da TV Anhanguera mostraram agentes da PF na residência do desembargador João Rigo Guimarães, em Araguaína. Guimarães, que já foi presidente do TJTO e atualmente preside o Tribunal Regional Eleitoral do estado, é um dos focos da operação.
Além dos possíveis crimes de corrupção ativa e exploração de prestígio, a PF também investiga a existência de uma organização criminosa e atos de lavagem de dinheiro. As investigações apontam para supostas negociações envolvendo a compra e venda de decisões judiciais, além de condutas para ocultar o dinheiro proveniente das atividades criminosas.
O nome da operação, “Máximus”, faz alusão à luta contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano, inspirado no personagem do filme Gladiador. A Agência Brasil buscou posicionamento do TJTO e tentou contato com o desembargador João Rigo Guimarães ou sua defesa para obter mais informações sobre o caso.
Este desdobramento ocorre apenas dois dias após a Operação Fames-19, que teve o governador do estado, Wanderlei Barbosa, como alvo e investigou desvios na contratação de empresas para a distribuição de cestas básicas em Tocantins. A PF segue intensificando suas ações no estado, desmantelando esquemas de corrupção e combatendo práticas ilícitas que comprometem a integridade do sistema judicial.
