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Mestre Rubério Oliveira: Guardião do Patrimônio Naval e Ferroviário do Baixo São Francisco é Reconhecido como Patrimônio Vivo de Alagoas

Hoje, no dia 25 de agosto de 2024, às 08:00, trazemos uma matéria especial sobre o Patrimônio Vivo de Alagoas: Mestre Rubério Oliveira, o guardião do patrimônio naval e ferroviário do Baixo São Francisco. Com mais de 40 anos de dedicação, este artesão alagoano transforma a madeira em verdadeiras obras de arte, preservando a memória cultural do sertão e do Velho Chico.

Rubério de Oliveira Fontes, também conhecido como Mestre Rubério, é natural do povoado Canto, no município de Piranhas, e cresceu imerso no universo das embarcações e da marcenaria. Influenciado pelas memórias de seu pai, um serralheiro da Rede Ferroviária, ele despertou seu interesse pela carpintaria desde a adolescência, trabalhando como ajudante de oficina.

Sua jornada profissional começou em 1959, na Chesf, onde atuou como carpinteiro até 1977. Após sair da Chesf, Mestre Rubério se entregou à sua verdadeira paixão: a criação artística em madeira. Seu ateliê, localizado no Centro Histórico de Piranhas, é um verdadeiro santuário de memória cultural, onde recria com precisão peças como a Canoa Chata, a Canoa de Tolda, o Navio Comendador Peixoto, entre outras embarcações icônicas.

A paixão de Mestre Rubério pelo Velho Chico é um sentimento inexplicável, preservando através de suas obras a história e as tradições quase esquecidas da região. Com 83 anos de idade, o artesão expressa sua gratidão por continuar realizando seu trabalho na madeira e tem o desejo de transmitir seu conhecimento para outras pessoas.

Reconhecido como um dos últimos representantes da arte em madeira no Baixo São Francisco, Mestre Rubério agrega valor histórico e cultural em suas peças, sendo reconhecido como o guardião do patrimônio naval e ferroviário de Alagoas. Seu legado vai além das peças produzidas, ele é um símbolo vivo da resistência cultural e da preservação das tradições da região.

O Registro do Patrimônio Vivo de Alagoas reconhece não apenas a memória cultural, mas também garante a transmissão dos saberes artísticos para as futuras gerações. Cada peça criada por Mestre Rubério é uma janela para o passado e uma celebração do presente, garantindo que a cultura popular de Alagoas continue a florescer.

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