De acordo com dados apresentados durante a audiência, o Brasil é o quinto maior emissor global de metano, com aumento significativo nas emissões entre 1990 e 2019. As principais fontes de emissão de metano no país estão relacionadas às atividades agropecuárias, resíduos sólidos e mudanças no uso do solo e das florestas. Para lidar com essa questão, o governo está trabalhando na elaboração do Plano Clima, que estabelecerá metas e ações de mitigação e adaptação até 2035.
Durante o evento, o secretário de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Rodrigo Rollemberg, destacou a importância da estratégia de descarbonização para abrir novas oportunidades em setores como a agropecuária e a gestão de resíduos sólidos. Ele ressaltou a importância do biometano, um gás renovável derivado da purificação do biogás, como uma alternativa viável na transição energética do país.
Representantes de associações como a Abren e a Abiogas defenderam a aprovação de projetos de lei que incentivem o uso de biogás e biometano, destacando o potencial dessas fontes de energia como alternativas mais limpas em comparação aos combustíveis fósseis. A presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, deputada Socorro Neri, reforçou o compromisso do Congresso em buscar soluções para transformar resíduos em fontes de energia.
Diante dos desafios apresentados, a discussão sobre a redução das emissões de metano e o incentivo ao uso de biogás e biometano se mostraram essenciais para o futuro sustentável do país. As propostas e debates realizados durante a audiência demonstram a importância de políticas e ações concretas para enfrentar as questões ambientais e climáticas que impactam diretamente a sociedade e o planeta como um todo.