O secretário destacou que a corporação utilizará imagens de satélite para identificar como os focos de incêndio começaram. Ele ressaltou que, se a Polícia Federal suspeitar de provocação humana, um inquérito será aberto e a investigação seguirá para determinar os responsáveis por cada incêndio.
Wolnei expressou surpresa com a simultaneidade dos incêndios em quase 50 cidades paulistas e atribuiu esse cenário à falta de chuvas até o sábado (24) e aos ventos fortes, que chegaram a 70 quilômetros por hora.
O secretário informou que a Defesa Civil de São Paulo reportou que restam poucos focos de incêndio ativos no estado devido às chuvas que caíram no domingo (25), o que ajudou a apagar a maior parte dos focos.
A redução dos focos tem sido possível com a ajuda de helicópteros e uma aeronave capaz de carregar grandes quantidades de água, além do trabalho de cerca de 500 homens do Exército brasileiro. No entanto, Wolnei alertou que é essencial manter a vigilância e continuar combatendo os focos restantes.
Embora 56 municípios tenham sido afetados pelos incêndios, ainda não houve decreto federal de reconhecimento de situação de emergência, pois é necessário que os municípios publiquem um decreto local e comuniquem o estado para que o reconhecimento seja feito.
Durante a coletiva, o diretor de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Raoni Rajão, classificou os incêndios como uma situação anômala e destacou que as investigações estão em andamento. Ele ressaltou a estranheza em relação ao aumento repentino de focos em áreas distantes umas das outras e a concentração dos incêndios em áreas de plantações de cana-de-açúcar.
As investigações continuam para esclarecer as causas dos incêndios e determinar os responsáveis por esses atos criminosos. A população e as autoridades permanecem em alerta para evitar novas ocorrências e garantir a segurança de todos.