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Ministro do Trabalho critica atuação do Banco Central no combate à inflação em evento no BNDES no Rio de Janeiro

Na tarde de segunda-feira (26), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, fez um pronunciamento direcionado ao Banco Central sobre as medidas de controle da inflação. Em suas palavras, Marinho destacou que combater a inflação não se resume apenas ao aumento da taxa de juros e à restrição ao crédito, mas também passa pela ampliação da produção.

Durante um evento na sede do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, o ministro enfatizou que o Banco Central precisa compreender que a inflação pode ser controlada por meio do aumento da oferta e da produção, contribuindo assim para a capacidade aquisitiva da classe trabalhadora. Ele citou exemplos dos governos Lula 1 e 2, nos quais a inflação foi controlada com o incremento da produção.

Luiz Marinho ressaltou que o setor produtivo brasileiro ainda não utilizou sua capacidade máxima e que há espaço para crescimento. Ele enfatizou a importância de planejar novos investimentos para impulsionar a produção e, consequentemente, combater a inflação sem recorrer a medidas como o aumento de juros e a restrição de crédito.

Além disso, o ministro antecipou que os dados de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) trarão resultados positivos em relação à geração de empregos, indicando um cenário favorável para a economia. Ele destacou que nos sete primeiros meses de 2021, o número de empregos gerados supera o total do ano anterior, o que demonstra um avanço no setor industrial.

Em relação ao Rio Grande do Sul, Luiz Marinho mencionou uma retomada na geração de empregos em julho, após um período de resultados negativos nos meses anteriores devido às enchentes que afetaram o estado no primeiro semestre.

O ministro também abordou a questão do compromisso fiscal, destacando que o orçamento da Pasta pode ser impactado devido ao “Déficit fiscal zero”. Ele sugeriu que o compromisso fiscal deveria ser estendido por um período mais longo, para permitir uma redução gradual do déficit ao longo dos anos.

Dessa forma, Luiz Marinho enfatizou a importância de equilibrar as medidas de controle da inflação com políticas de estímulo à produção e geração de empregos, visando o desenvolvimento sustentável da economia.

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