Semana de Mobilização Nacional de Coleta de DNA traz esperança para famílias em busca de desaparecidos e resolução de crimes.

Na última semana, famílias de pessoas desaparecidas renovaram suas esperanças ao participarem da mobilização nacional de coleta de DNA. A campanha tem como objetivo ampliar a busca por pessoas com paradeiro desconhecido e elucidar crimes que envolvem desaparecimentos.

Um dos casos de destaque é o de Marcelo Domingos, auxiliar de carpintaria que procura pelo seu irmão desaparecido há mais de dois anos. Marcio Santos, de 41 anos, saiu para trabalhar na coleta de capim-sapé em Flexeiras e, após uma crise emocional, desapareceu sem deixar rastros. Mesmo com buscas realizadas pela Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e grupamento aéreo da Secretaria de Segurança Pública, o paradeiro do irmão de Marcelo ainda é um mistério.

A participação de Marcelo na mobilização foi fundamental para dar esperança à sua família. Ao comparecer ao IML de Maceió para a coleta de DNA, o auxiliar de carpintaria afirmou que a iniciativa reascendeu a esperança de encontrá-lo, seja vivo ou morto. A coleta de material biológico é uma forma não invasiva e rápida de contribuir com a identificação de pessoas desaparecidas.

A delegada Rosimeire Freire, responsável pelo projeto Desaparecidos em Alagoas, explicou que a campanha ocorrerá em três etapas, utilizando técnicas de identificação genética e papiloscópica. A segunda etapa terá foco na coleta de materiais de pessoas vivas com identidade desconhecida, enquanto a terceira fase será destinada à pesquisa de impressões digitais de pessoas falecidas não identificadas nos bancos de biometrias estaduais.

Segundo dados da Senasp, somente neste ano foram registrados 375 casos de pessoas desaparecidas em Alagoas, com a maioria das vítimas sendo do sexo masculino e maiores de 18 anos. A doação de DNA por parte das famílias é fundamental para ampliar as chances de localizar os desaparecidos e elucidar casos de crimes.

Além do IML de Maceió, a coleta de DNA também está sendo realizada no IML do Agreste, em Arapiraca, das 8h às 18h. A participação das famílias nessa semana de mobilização é vista como um esforço coletivo para trazer respostas e ajudar na localização das pessoas desaparecidas, trazendo esperança e alívio para os familiares.

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