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Lei Maria da Penha completa 18 anos: desafios e estatísticas evidenciam aumento da violência contra as mulheres no Brasil

A Lei Maria da Penha, considerada uma das mais modernas do mundo para a defesa dos direitos das mulheres, está prestes a completar 18 anos neste agosto. No entanto, as estatísticas apontam para um aumento dos casos de feminicídio e violência no Brasil, afetando também as meninas, com registros alarmantes de abusos sexuais. Diante desse cenário, a campanha Agosto Lilás, promovida pelo governo federal, tem como objetivo ampliar a visibilidade sobre os direitos das mulheres em situação de violência, destacando os serviços especializados para acolhimento, orientação e denúncia.

O Senado tem se empenhado em diversas iniciativas para proteger e combater a violência de gênero, especialmente os feminicídios. Projetos de lei estão em discussão visando garantir a preservação dos bens das mulheres em casos de violência doméstica, a impossibilidade de pagamento de fiança nos crimes de lesões corporais, retenção de parte do salário do agressor para alimentos da vítima, entre outras medidas.

A Procuradora Especial da Mulher no Senado, senadora Zenaide Maia, enfatiza a importância da informação e conscientização pública para combater o machismo e misoginia. Para ela, a campanha Agosto Lilás, instituída pela Lei 14.448/2022, tem um alto poder pedagógico, gerando aprendizado e transformação na sociedade.

O senador Paulo Paim, presidente da Comissão de Direitos Humanos, destaca a relevância das audiências públicas para conscientização da população e ressalta a necessidade da participação de todos, inclusive dos homens, nesse debate. Projetos como a possibilidade de ação pública para crimes de violência doméstica e a inafiançabilidade de lesão corporal são discutidos no Senado, visando uma maior proteção às mulheres.

Outras propostas em análise incluem a retenção de parte da remuneração do agressor para prover alimentos da mulher, autorização de porte de arma para vítimas sob medida protetiva e tornar o crime de lesão corporal inafiançável em casos de violência doméstica. Essas medidas buscam ampliar as ferramentas de proteção para mulheres em situação de risco extremo, reconhecendo a importância de medidas mais robustas e urgentes para garantir a integridade e segurança das vítimas de violência de gênero no Brasil.

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