De acordo com os dados mais recentes, Rondônia já registrou este ano 4.197 focos de incêndios nas cidades e 690 em áreas de conservação, totalizando 4.887 focos. Esses números representam o dobro do registrado no ano anterior, demonstrando a gravidade da situação. O fogo já consumiu mais de 107 mil hectares de floresta, causando danos irreparáveis ao meio ambiente.
A escassez de chuvas deve persistir por pelo menos mais três meses, o que aumenta os riscos de incêndios florestais e queimadas. A situação é agravada pela baixa umidade relativa do ar e pela falta de recursos para combater o fogo, especialmente em áreas de difícil acesso. O governo estadual reconhece os prejuízos econômicos e sociais causados pela emergência e destaca a necessidade de resguardar a dignidade da população afetada.
Além disso, a seca hidrológica excepcional tem impactado o Rio Madeira, o que torna o cenário ainda mais desafiador. As mudanças climáticas e o fenômeno El Niño contribuem para a expansão descontrolada das queimadas, tornando esse um dos anos mais críticos para a região amazônica. A população mais vulnerável, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias, está em maior risco de sofrer os efeitos adversos da poluição do ar.
O decreto de emergência entra em vigor imediatamente e tem validade de 180 dias. É fundamental que medidas sejam tomadas com urgência para conter os incêndios e minimizar os danos causados pela falta de chuvas e pelos focos de calor. A situação exige uma resposta rápida e eficaz das autoridades locais e da população em geral para preservar o meio ambiente e garantir a segurança de todos os envolvidos.