Senador Eduardo Girão acusa Senado de ser omisso diante dos atos de Alexandre de Moraes e pede impeachment do ministro do STF

O senador Eduardo Girão, do partido Novo, do estado do Ceará, fez duras críticas ao Senado em relação à postura diante dos atos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um pronunciamento realizado nesta terça-feira (27), Girão classificou a casa legislativa como omissa e subserviente, defendendo veementemente o impeachment de Moraes.

Segundo o parlamentar, uma das principais estratégias do ministro é a constante prática de censura, o que caracteriza, na opinião de Girão, abusos de autoridade e arbitrariedades cometidas por Moraes. Ele ressaltou a necessidade do presidente do Senado cumprir seu dever constitucional e admitir o pedido de impeachment já formulado, que conta com mais de 20 laudas e o apoio de mais de 130 parlamentares, além de 1,1 milhão de assinaturas, com tendência de crescimento.

Além disso, Girão trouxe à tona o caso de Eduardo Tagliaferro, ex-coordenador da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que está sob investigação por vazamento de mensagens entre assessores de Moraes. De acordo com o senador, Tagliaferro está sendo perseguido após a divulgação de conversas que evidenciavam supostas ordens ilegais por parte do juiz auxiliar Airton Vieira, vinculadas ao gabinete de Moraes.

Em depoimento, Tagliaferro se defendeu, afirmando que questionava tecnicamente a legalidade das ordens recebidas, embora não tivesse a opção de negá-las. A defesa do ex-coordenador já solicitou o impedimento de Moraes de conduzir o inquérito, alegando conflito de interesses, uma vez que o ministro estaria atuando como acusador, investigador e julgador, o que, para Girão, configura uma aberração jurídica.

A expectativa é de que as pressões e críticas do senador Eduardo Girão e demais parlamentares resultem em uma revisão da postura do Senado em relação aos atos de Moraes e em uma resposta efetiva às demandas de impeachment do ministro. O cenário político segue agitado e repleto de tensões, enquanto o debate sobre a separação de poderes e a atuação do STF continua em pauta no Congresso Nacional.

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