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Deputados alagoanos defendem candidato acusado de golpes bancários em São Paulo e criticam ‘ditadura do judiciário’

Os deputados alagoanos Alfredo Gaspar, Fábio Costa e Marx Beltrão se envolveram em uma polêmica ao manifestarem apoio ao candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). A Justiça Eleitoral determinou a remoção das redes sociais de Marçal após uma ação movida pelo PSB, o que gerou críticas e acusações de censura por parte dos políticos.

Alfredo Gaspar, ex-promotor de Justiça e secretário de Segurança Pública de Alagoas, e Fábio Costa, delegado licenciado da Polícia Civil do estado, são conhecidos por serem defensores ferrenhos da ordem e da segurança. No entanto, ao expressarem apoio a Marçal, que tem um histórico ligado a práticas criminosas como furto qualificado e participação em quadrilhas de roubo a bancos, os deputados foram criticados por suas escolhas.

Por sua vez, Marx Beltrão, deputado pelo PSD e ex-prefeito de Coruripe, enfrentou no passado nove ações por improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Federal. A presença dos três parlamentares alagoanos em defesa de Marçal levou a uma onda de indignação nas redes sociais e no meio político.

As acusações contra Marçal remontam a um processo na 11ª Vara Federal em Goiânia, que investigou a atuação de criminosos condenados por desvio de dinheiro de contas bancárias. O candidato chegou a ser preso em 2005 e posteriormente condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão, mas devido à demora da Justiça em analisar seu recurso, a prescrição punitiva impediu o cumprimento da pena.

A Polícia Federal revelou que Marçal colaborou com informações sobre a quadrilha responsável por golpes bancários, atuando na obtenção de listas de e-mails e na manutenção dos computadores utilizados para enviar programas maliciosos que roubavam dados de contas bancárias de vítimas. Apesar disso, os deputados alagoanos insistem em apoiar o candidato, alegando que a decisão judicial de remover suas redes sociais configura uma “ditadura do judiciário”.

A controvérsia em torno do apoio dos parlamentares alagoanos a um candidato com um passado questionável levanta discussões sobre ética na política e a responsabilidade dos representantes eleitos em suas escolhas e posicionamentos públicos.

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