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Projeto de lei que muda regras de inelegibilidade será votado na próxima semana após pedido do relator senador Weverton.

Na última semana, o senador Weverton (PDT-MA) solicitou a transferência da votação do projeto de lei complementar (PLP 192/2023) que propõe mudanças nas regras de inelegibilidade para a próxima semana. O objetivo do projeto é unificar em oito anos o período em que os candidatos ficam impedidos de disputar eleições por diversos motivos, como condenação judicial, cassação ou renúncia de mandato.

Durante a discussão do projeto, Weverton destacou que a questão não se trata apenas de interesses políticos, mas sim de uma responsabilidade do Congresso Nacional em legislar sobre a inelegibilidade e seus prazos. Ele ressaltou a importância de estabelecer um prazo para que os indivíduos cumpram suas penas de forma justa.

O PLP 192/2023 propõe uma série de ajustes nas regras atuais, unificando o período de inelegibilidade em oito anos para diversas situações, como a cassação de parlamentares, governadores, prefeitos e vices, condenações por abuso de poder econômico ou político, crimes previstos na Lei de Inelegibilidades, renúncias para evitar processos de cassação, entre outros.

Além disso, o projeto estabelece um “teto” para limitar o acúmulo de períodos de inelegibilidade de um mesmo candidato em no máximo 12 anos. Também define critérios para caracterização de inelegibilidade por improbidade administrativa, exigindo a comprovação de dolo por parte do agente.

Uma parte do PLP 192/2023 que tem gerado controvérsias é a que trata de casos de abuso do poder econômico ou político. Críticos têm levantado preocupações com a possibilidade de favorecimento a políticos como o ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, o relator e consultor do Senado afirmaram que o projeto não alteraria a situação do ex-presidente, cuja inelegibilidade já foi declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Outro ponto abordado no projeto é o prazo para desincompatibilização de servidores que pretendem disputar cargos eletivos. As regras propostas visam garantir a imparcialidade e a transparência nas eleições, evitando possíveis conflitos de interesse de pessoas que ocupam cargos públicos.

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