Acordo entre Israel, Hamas e OMS permite vacinação contra pólio em Gaza em meio a trégua humanitária de três dias.

Acordo para vacinação de crianças contra a poliomielite na Faixa de Gaza é anunciado pela OMS em parceria com Israel e Hamas

Na última quinta-feira (29), o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Palestina, Rik Peeperkorn, divulgou um acordo histórico entre Israel e o grupo palestino Hamas para viabilizar a vacinação de crianças contra a poliomielite na Faixa de Gaza. O acordo prevê pausas humanitárias de três dias para permitir a realização da campanha de vacinação.

Peeperkorn enfatizou que, mesmo não sendo o caminho ideal, essa é uma solução viável para interromper a transmissão da poliomielite em Gaza e nas áreas circunvizinhas. Ele ressaltou a importância de todas as partes cumprirem o acordo e garantirem a implementação da campanha durante o período da pausa humanitária.

Com a meta ambiciosa de atingir uma cobertura vacinal de pelo menos 90% na região, as equipes da OMS na Palestina estão preparadas para iniciar a campanha, que terá início neste domingo (1º) e será realizada em duas rodadas. O caso confirmado de pólio em um bebê de 10 meses na cidade de Deir al-Balah, o primeiro em 25 anos na Faixa de Gaza, gerou alerta e mobilização para conter a disseminação da doença.

Diante da identificação do vírus na região e dos casos suspeitos de paralisia flácida aguda em crianças, a OMS e seus parceiros fizeram um apelo por uma trégua humanitária para permitir a realização das rodadas de vacinação. A expectativa é que mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos recebam a vacina oral contra a pólio durante as campanhas.

No entanto, a situação na Faixa de Gaza se tornou mais desafiadora devido às interrupções na vacinação rotineira causadas pelos conflitos recentes. A queda na cobertura vacinal, combinada com a deterioração dos sistemas de saúde e infraestrutura básica, aumenta o risco de propagação de doenças evitáveis.

A reativação da poliomielite na região representou uma ameaça não apenas para as crianças de Gaza, mas também para os países vizinhos. Portanto, a parceria entre a OMS, Israel e Hamas é um passo crucial para proteger a saúde pública e garantir a segurança dos mais vulneráveis na região. Agora, a implementação eficaz das campanhas de vacinação será essencial para conter a propagação da doença e prevenir novos surtos.

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