Atraso no pagamento do Programa Criança Feliz sobrecarrega Municípios, que mantêm serviço com recursos próprios, impactando atendimento em milhares de cidades.

Os Municípios brasileiros estão enfrentando dificuldades com o atraso nos pagamentos do Programa Criança Feliz, o que tem levado as prefeituras a assumirem a manutenção do serviço com recursos próprios. A última parcela paga, referente ao mês de abril, só foi efetivada em julho, conforme verificado no Sistema do SUASWeb.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) agiu prontamente diante dessa situação e solicitou explicações ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) por meio do Ofício 1092/2024. Até o momento, a CNM ainda aguarda um retorno oficial do governo federal, embora tenha obtido informações extraoficiais de que o atraso possa estar relacionado à paralisação de atividades dentro do Tesouro Nacional.

Essa falta de repasse tem impactado diretamente o atendimento de mais de 2.400 Municípios e tem gerado um prejuízo mensal de aproximadamente R$ 32 milhões. Diante desse cenário, as administrações locais têm sido forçadas a manter o programa em funcionamento com recursos próprios, visando não interromper as visitas domiciliares e as ações de apoio a gestantes e famílias.

O Programa Criança Feliz foi instituído com o objetivo de promover o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância, levando em consideração a família e o contexto de vida em que estão inseridas. Coordenado pelo Ministério de Desenvolvimento Social, o programa tem como meta estabelecida um repasse de R$ 75 por mês por beneficiário, conforme pactuado.

Em meio a essa incerteza quanto aos pagamentos, os Municípios brasileiros encontram-se sobrecarregados financeiramente, sendo forçados a assumir responsabilidades que, teoricamente, seriam do governo federal. A falta de respostas por parte do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social apenas amplia as preocupações e desafios enfrentados pelas gestões locais.

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