Durante a audiência, a diretora de sustentabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos, Larissa Martins, enfatizou a relevância da obra e defendeu o processo de licenciamento que foi realizado. No entanto, o pesquisador titular do Museu Paraense Emílio Goeldi, Alberto Akama, contestou o licenciamento ambiental da obra e apontou para os possíveis prejuízos que a população que vive próxima ao rio Araguaia pode sofrer, incluindo ribeirinhos, pescadores, indígenas e quilombolas.
A reunião foi presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que expressou sua preocupação com a degradação que o rio Araguaia tem sofrido ao longo dos anos, sendo um dos maiores rios do estado de Goiás. A discussão levantou questionamentos importantes sobre a sustentabilidade do projeto da hidrovia e seu impacto no meio ambiente e na vida das comunidades ribeirinhas.
O embate de opiniões entre os participantes da audiência evidenciou a complexidade do tema e a necessidade de se encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. A hidrovia Araguaia-Tocantins é uma importante infraestrutura para o país, mas é imprescindível que os órgãos competentes avaliem cuidadosamente os seus impactos e adotem medidas para mitigar possíveis danos ao ecossistema local.
Diante desse cenário, o debate continua em pauta, com diferentes visões e interesses em jogo. Cabe às autoridades responsáveis tomarem decisões que garantam a sustentabilidade e o bem-estar das comunidades afetadas pela construção e operação da hidrovia Araguaia-Tocantins.