Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas nesta quinta-feira (29). Nos últimos 12 meses, o IGP-M acumulou um crescimento de 4,26%, enquanto desde o início do ano de 2024, houve um aumento de 2%.
Em contraste com o mesmo período do ano passado, quando o IGP-M apresentou uma deflação de 0,14%, ou seja, uma inflação negativa, o cenário atual demonstra uma recuperação. Naquele momento, o índice acumulava uma queda de 7,2% nos últimos 12 meses.
O IGP-M é um indicador calculado pela FGV que busca medir a inflação, embora seu método de cálculo seja diferente do IPCA, índice oficial da inflação no país calculado pelo IBGE.
Embora seja considerado como a “inflação do aluguel”, o IGP-M também é utilizado como indexador em contratos de serviços como energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde. O índice é composto por três classes de preços: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Observando os componentes do índice, tanto o IPA, que mede os custos no atacado, quanto o IPC e o INCC apresentaram desaceleração na transição de julho para agosto. No caso do IPA, o avanço foi de 0,29%, abaixo dos 0,68% registrados no mês anterior, influenciado principalmente pelos preços das commodities.
Já o IPC apresentou uma variação de 0,09% em agosto, uma queda em relação aos 0,30% observados em julho. Entre as despesas que compõem o índice, seis das oito classes registraram desaceleração, com destaque para o grupo de Educação, Leitura e Recreação. Enquanto isso, a variação do INCC permaneceu estável, passando de 0,69% para 0,64%.
Em resumo, o IGP-M continua sendo um importante indicador econômico, influenciando diretamente em diversos setores da economia, especialmente no mercado de aluguel de imóveis e em serviços específicos. Essa desaceleração no mês de agosto sugere uma estabilidade após meses de avanço, refletindo a dinâmica do mercado atual.
