Ministério da Saúde investiga morte suspeita por febre do Oropouche no Paraná, com possível origem em Santa Catarina.

Na última semana, o Ministério da Saúde divulgou que uma morte suspeita por febre do Oropouche está sendo investigada no estado do Paraná. De acordo com Rivaldo Venâncio, secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, embora o óbito tenha ocorrido no Paraná, a suspeita é de que a infecção tenha sido adquirida no estado de Santa Catarina. A febre do Oropouche é uma doença pouco conhecida, e até então não havia registros de óbitos causados por ela.

Em um cenário preocupante, o Brasil vem lidando com a expansão da circulação do vírus Oropouche para além da região amazônica, onde a doença era tradicionalmente restrita desde a década de 1960. Essa expansão foi observada a partir do ano de 2023 e tem levado o Ministério da Saúde a adotar medidas para conter a propagação da doença pelo país.

Um dos desafios enfrentados pelas autoridades de saúde é o diagnóstico laboratorial preciso da febre do Oropouche, que agora conta com insumos distribuídos em larga escala para os laboratórios centrais de saúde pública. A transmissão da doença ocorre principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que tem predileção por materiais orgânicos.

No Brasil, o estado do Amazonas é o que mais tem registrado casos de Oropouche, com 3.230 infecções, seguido por Rondônia, Bahia, Espírito Santo e Roraima. Por outro lado, estados como Paraíba e Mato Grosso do Sul possuem menos casos confirmados, e alguns como Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Goiás e Distrito Federal ainda não registraram ocorrências da doença.

Diante desse cenário, é fundamental que a população esteja ciente dos riscos da febre do Oropouche e adote medidas de prevenção, como a manutenção de quintais limpos para evitar a proliferação do mosquito transmissor. As autoridades de saúde seguem em alerta, monitorando a situação e empenhando esforços para conter a propagação da doença no país.

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