Ministro do STF nega devolução de celular de ex-assessor investigado por desinformação nas redes sociais

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão importante nesta quinta-feira (29) ao negar a devolução do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tagliaferro atuava no monitoramento de desinformação nas redes sociais, sendo responsável por um setor estratégico.

O celular de Tagliaferro foi apreendido pela Polícia Federal (PF) durante um depoimento na semana passada, por determinação do ministro Moraes. Essa ação ocorreu em meio a um inquérito que investiga o vazamento de conversas que embasaram reportagens do jornal Folha de S.Paulo. As matérias jornalísticas acusaram o ministro de utilizar “formas não oficiais” para obter informações e investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, período em que Moraes ocupava a presidência do TSE.

Em sua decisão, Alexandre de Moraes afirmou que o pedido de devolução do celular era “confuso, sem fundamentação e absolutamente impertinente”. Além disso, o ministro determinou que a PF investigasse o vazamento das conversas entre Tagliaferro e Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes, sendo Tagliaferro responsável pela produção dos relatórios nesse caso.

Vale ressaltar que Eduardo Tagliaferro já havia sido preso por violência doméstica no ano passado, o que resultou em sua demissão pelo ministro. Durante o período de prisão, o celular de Tagliaferro ficou sob a responsabilidade da Polícia Civil de São Paulo.

A defesa de Eduardo Tagliaferro se manifestou sobre a apreensão do celular, alegando que a medida não é comum durante depoimentos. O advogado Eduardo Kuntz destacou a situação como um caso de “abuso de autoridade e excesso de poder”, levantando questionamentos sobre a conduta das autoridades envolvidas no caso.

Diante desses desdobramentos, a decisão do ministro Alexandre de Moraes em relação ao celular de Eduardo Tagliaferro demonstra a seriedade e o rigor com os quais essas investigações estão sendo conduzidas, reforçando a importância da transparência e do cumprimento da lei.

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