Quarta edição da Operação Resgate liberta 593 pessoas em condições de trabalho escravo, incluindo 18 crianças, em 11 estados brasileiros.

Na quarta edição da Operação Resgate, servidores de seis órgãos públicos libertaram um total de 593 pessoas que estavam em condições semelhantes ao trabalho escravo ao longo do último mês. Entre essas vítimas, destaca-se a presença de 18 crianças e adolescentes submetidos ao trabalho infantil ilegal, sendo que 16 delas eram obrigadas a realizar serviços em condições degradantes sem receber remuneração. Os resgates ocorreram em 11 estados brasileiros, com destaque para Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal, que registraram os maiores números de ocorrências.

Um dos casos que chamou a atenção dos fiscais aconteceu em Pernambuco, onde 18 pacientes de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos eram submetidos a trabalho forçado. Esses pacientes realizavam atividades laborais compulsoriamente como parte do processo de internação, sem receber qualquer tipo de pagamento. Além disso, durante a operação, foi resgatada a pessoa mais idosa já encontrada em condições de escravidão no Brasil, uma senhora de 94 anos em Mato Grosso.

A Operação Resgate IV, resultado do esforço conjunto de seis instituições públicas, buscou combater o trabalho escravo e o tráfico de pessoas. Neste ano, houve um aumento de 11,6% no número de trabalhadores resgatados em comparação com a edição anterior. Além disso, a operação também resultou no resgate de trabalhadores estrangeiros, evidenciando a situação degradante a que muitas pessoas são submetidas.

Os responsáveis por submeter os trabalhadores a essa situação já foram obrigados a desembolsar mais de R$ 1,91 milhão apenas para saldar verbas rescisórias. Os órgãos responsáveis continuam buscando o pagamento de outros direitos trabalhistas e custos, destacando a importância de punir financeiramente os responsáveis. André Roston, coordenador da operação, ressaltou a necessidade de combater o trabalho escravo contemporâneo, que muitas vezes é motivado por benefícios econômicos aos exploradores.

Em meio a essas ações de resgate e combate ao trabalho escravo, fica evidente a importância do trabalho constante e articulado entre os órgãos públicos para proteger os direitos humanos dos trabalhadores e garantir condições de trabalho dignas para todos os cidadãos.

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