O déficit primário é o resultado das contas do setor público, excluindo o pagamento dos juros da dívida pública. Em 12 meses, o déficit consolidado alcançou R$ 257,7 bilhões, representando 2,29% do PIB brasileiro. Esta cifra é 0,15 ponto percentual menor do que o acumulado em 12 meses até junho.
Os números fiscais indicam que os juros nominais do setor público não financeiro consolidado totalizaram R$ 80,1 bilhões em julho. Em comparação com o mesmo período de 2023, esse valor era de R$ 46,1 bilhões. O BC explicou que essa variação foi influenciada pelas operações de swap cambial.
O saldo nominal do setor público consolidado também foi negativo, atingindo R$ 101,5 bilhões. Em 12 meses, o déficit acumulado chegou a R$ 1,12 bilhão, correspondendo a 10,02% do PIB. Em junho, esse valor era de R$ 1.108,0 bilhões, representando 9,92% do PIB.
A dívida líquida do setor público alcançou 61,9% do PIB em julho, que era de R$ 7 trilhões. Enquanto a dívida bruta do governo geral foi de 78,5% do PIB, que correspondia a R$ 8,8 trilhões, um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao mês anterior. O BC justificou esse aumento através dos juros nominais apropriados, das emissões líquidas e da variação do PIB nominal.
Esses dados revelam um cenário desafiador para as contas públicas do país, exigindo medidas para reequilibrar as finanças e garantir a sustentabilidade econômica no longo prazo.