O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou sua preocupação com o aumento rápido de casos da nova variante, embora tenha ressaltado que relativamente poucas mortes foram registradas nas últimas semanas. A disseminação da variante 1b não ficou limitada à RDC, com casos também confirmados em países vizinhos como Burundi, Ruanda, Uganda, Quênia, Suécia e Tailândia. Esta disseminação transfronteiriça mostrou a necessidade urgente de ação para conter o surto.
Durante uma coletiva de imprensa em Genebra, Tedros revelou ter se reunido com o presidente da RDC, Félix Tshisekedi, que se comprometeu a disponibilizar US$ 10 milhões para combater o surto na região. Além disso, foram discutidas estratégias de ampliação da vacinação contra outras doenças como pólio, sarampo e malária.
A OMS está trabalhando arduamente para acelerar o acesso e a entrega de vacinas contra a mpox na RDC e em países vizinhos afetados pelos surtos. Os fabricantes de duas vacinas contra a doença estão buscando a autorização emergencial da OMS para disponibilizar as doses necessárias. Tedros ressaltou a importância da segurança e eficácia das vacinas, garantindo que nenhum atalho será tomado nesse processo.
Além disso, a OMS está em busca de novos testes de diagnóstico para a mpox e está promovendo pesquisas colaborativas para o desenvolvimento de vacinas, testes e medicamentos. O diretor-geral destacou a importância de abordagens coordenadas e colaborativas para combater a doença, lembrando que as vacinas são uma ferramenta poderosa, mas não a única solução para conter o surto.
O surto da nova variante 1b na RDC está ocorrendo em uma região particularmente vulnerável, marcada pela pobreza e insegurança, o que torna a resposta contra a doença ainda mais desafiadora. A necessidade de uma solução política para resolver a insegurança na região oriental do país foi enfatizada como fundamental para combater eficazmente a mpox.