A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou no mês passado sobre um caso de paralisia infantil causada pelo vírus da polio tipo 2 na região, o primeiro em 25 anos. Diante dessa situação, a importância da vacinação tornou-se ainda mais urgente.
A ação teve início nas áreas centrais de Gaza e tem previsão de se estender para outras regiões nos próximos dias. A OMS indicou que as pausas nos combates podem precisar ser estendidas por mais um dia e que a primeira fase da vacinação deve ser concluída em cerca de duas semanas.
Em Deir Al-Balah, uma cidade central de Gaza, uma clínica administrada pela ONU foi tomada por crianças acompanhadas por seus familiares em busca da vacina. Equipes médicas marcavam os dedos das crianças com uma caneta para registrar a dose recebida.
Juliette Touma, diretora de comunicações da UNRWA, descreveu a campanha como uma das mais complexas do mundo, ressaltando a importância de um cessar-fogo para permitir a vacinação das crianças. Israel e o Hamas se comprometeram a cooperar para o sucesso da campanha, que visa imunizar pelo menos 90% das crianças em duas doses.
Enquanto as vacinações acontecem, as forças israelenses continuam a combater militantes do Hamas em várias áreas do enclave palestino. No sul de Gaza, foram encontrados os corpos de seis reféns, vítimas de ações perpetradas por grupos armados. A situação na região permanece delicada, com desafios tanto no âmbito da saúde pública quanto no contexto do conflito armado.
A população local segue enfrentando dificuldades, como escassez de alimentos e remédios, o que torna essencial o sucesso da campanha de vacinação para prevenir a propagação de doenças e salvar vidas.