Os conhecimentos tradicionais dos guaranis, kaiowás e terenas são uma fonte valiosa de autonomia, resistência e sustentabilidade, sendo trazidos para a academia por pessoas como Sônia. Sua jornada acadêmica na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) é um exemplo vivo da fusão entre esses saberes milenares e a ciência ocidental.
A presença de alunos indígenas na UFGD é vista como um fator enriquecedor para a universidade. O diálogo entre diferentes formas de conhecimento é fundamental para a desconstrução e reconstrução de conceitos, conforme destacado pelo reitor Jones Goettert. A Faind, Faculdade Intercultural Indígena, é um espaço único na universidade, onde a língua guarani é ouvida e respeitada, e os povos originários brasileiros encontram um lar acadêmico.
Os esforços da UFGD em adaptar-se à realidade dos estudantes indígenas são dignos de nota. A modalidade de pedagogia da alternância permite que os alunos participem ativamente do processo de ensino, indo da sala de aula para suas comunidades e vice-versa. Além disso, a universidade acolhe as famílias dos estudantes, criando um ambiente inclusivo e respeitoso com as tradições dos povos indígenas.
Sônia Pavão, em meio a suas pesquisas acadêmicas, também teve a oportunidade de participar de um intercâmbio na França, proporcionado por um programa de bolsas. Essa experiência, além de enriquecer sua formação, contribui para a visibilidade e reconhecimento dos povos indígenas, levando consigo não apenas seu conhecimento individual, mas a história e a cultura de seu povo.
A jornada de Sônia Pavão é um reflexo do potencial transformador do encontro de culturas e saberes diversos. A sua dedicação em trazer os conhecimentos tradicionais para a academia e o mundo acadêmico é inspiradora e mostra como a educação pode ser uma ferramenta poderosa para a valorização e preservação das culturas indígenas.