Essa é a primeira vez que Jerusa sobe ao lugar mais alto do pódio em um megaevento paralímpico, apesar de já ter conquistado duas pratas e dois bronzes em edições anteriores. A atleta fez história ao quebrar o recorde mundial na semifinal da prova, com o tempo de 11s80, superando sua própria marca anterior de 11s83.
Apenas quatro atletas cegas na história conseguiram correr os 100m em menos de 12s, incluindo Jerusa, as chinesas Cuiqing Liu e Guohua Zhou, e a britânica Libby Clegg. Além disso, Lorena Spoladore também se destacou ao conquistar sua terceira medalha paralímpica, já tendo um histórico de prata e bronze na competição.
O sucesso de Jerusa no último ciclo paralímpico consolidou sua posição como uma das principais velocistas da classe T11. Após conquistar a medalha de bronze nos 200m em Tóquio 2020, a atleta brilhou em competições internacionais como o Mundial de Paris 2023 e os Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Nascida totalmente cega, Jerusa encontrou no esporte paralímpico uma nova paixão aos 19 anos, impulsionada pelo convite de um amigo deficiente visual. Já Lorena Spoladore, que enfrentou a perda gradativa de sua visão devido a um glaucoma congênito, encontrou no esporte uma forma de superação e conquista.
Com a dedicação e talento dessas atletas, o Brasil se destaca no cenário paralímpico internacional, mostrando a força e determinação dos competidores brasileiros com deficiência visual. Jerusa Geber e Lorena Spoladore são exemplos inspiradores de superação e sucesso no esporte adaptado, mostrando que não há limites para aqueles que sonham alto e se dedicam com paixão.
